São formações nodulares que se desenvolvem na parede muscular do útero e comumente são chamados de tumores benignos. Mioma NÃO É CÂNCER e não é perigoso! Todavia, dependendo da sua localização, tamanho e quantidade podem ocasionar problemas, incluindo dor e sangramentos intensos.
O tamanho dos miomas pode variar desde muito pequenos a grandes formações que simulam uma gravidez de 5 ou 6 meses. Dependendo da sua localização na parede do útero, os miomas agrupam-se em três tipos: 1- os "subserosos" localizam-se na porção mais externa do útero e geralmente crescem para fora. Este tipo de mioma geralmente não afeta o fluxo menstrual, porém, pode tornar-se desconfortável pelo seu tamanho e pressão sobre outros órgãos da pelve. 2- os "intramurais" crescem no interior da parede uterina e se expandem fazendo com que o útero aumente seu tamanho acima do normal. São os miomas mais comuns e geralmente provocam um intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso. 3- os "submucosos" localizam-se mais profundamente, bem por abaixo da capa que reveste a cavidade uterina. São os miomas menos comuns, mas provocam intensos e prolongados períodos menstruais.
Como surgem e quem é mais propensa a ter miomas.
Cada mioma se origina a partir de uma única célula muscular do útero que deve carregar em seu código genético uma tendência para crescer e transformar-se num mioma., mioma é mais comum em mulheres de um mesmo grupo racial, como acontece como as de cor negra, além de geralmente acompanhar uma história familiar.
Os miomas crescem por ação do estímulo do hormônio feminino chamado estrogênio.
É por esta razão que os miomas desenvolvem-se na idade fértil da mulher, raramente são vistos nas meninas antes da adolescência, quando começam a menstruar, e da mesma forma, geralmente regridem espontaneamente quando a mulher chega à menopausa e decresce o estímulo hormonal.
Qualquer situação que provoque o aumento do nível de hormônios femininos pode estimular o desenvolvimento de miomas tornando o seu crescimento maior e mais rápido.
Provavelmente, menos da metade das mulheres que têm mioma no útero têm algum tipo de sintoma. Por isso, a maioria delas nem sabe que tem mioma ou, se sabe, seguramente descobriram por casualidade, no momento em que realizavam um exame ginecológico de rotina ou por qualquer outro motivo.
Em geral, os sintomas provocados pelos miomas são:
Períodos menstruais intensos e prolongados, além de sangramentos mensais atípicos, às vezes com coágulos, e que com alguma freqüência podem levar à anemia.
Uma menstruação intensa pode ser também uma menstruação dolorosa.
A dor geralmente acontece devido ao acúmulo de maior quantidade de sangue e coágulos dentro da cavidade uterina, o que provoca a sua distensão dolorosa e uma maior contração da musculatura para expulsar o conteúdo.
Sensação de pressão na bexiga com vontade constante de urinar.
Conforme já foi mencionado, o crescimento do útero dentro da pelve vai comprimindo estruturas anatômicas vizinhas. Quando grandes miomas se desenvolvem na parede anterior e o útero cresce para este lado, comumente começa a pressionar a bexiga, fazendo com que esta diminua a sua capacidade de armazenar a urina. Com isto, a mulher sente uma necessidade freqüente de urinar e é obrigada a esvaziar a bexiga de forma mais rápida.
Constipação
Embora sem ser muito freqüente, algumas mulheres relatam a dificuldade para evacuar, o que pode acontecer por compressão do útero miomatoso sobre o reto, que limita a passagem de fezes ou provoca uma sensação de plenitude intestinal.
Como se diagnosticam os miomas.
Os miomas são inicialmente diagnosticados durante um exame ginecológico.
O médico ginecologista realiza um exame pélvico para sentir se o útero está com tamanho aumentado e de forma irregular.
O diagnóstico de mioma deve, necessariamente, ser confirmado com ultra-som trans vaginal.
Os miomas devem ser sempre tratados?
Não, o mioma deve ser tratado somente quando causa problemas, isto é, quando provoca sintomas.
Não existem ainda medicações capazes de destruir os miomas.
Opções terapêuticas para os miomas.
Existem basicamente três tipos de tratamento para os miomas de útero: tratamento medicamentoso para controlar o fluxo, tratamento cirúrgico.
Tratamento medicamentoso
A terapia medicamentosa é geralmente o primeiro passo no tratamento do sangramento causado pelos miomas, pois não existem ainda medicações capazes de destruir os miomas.
Há uma variada gama de medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento dos miomas.
Medicamentos que auxiliam a coagulação, antiinflamatórios não hormonais ou compostos hormonais podem ser usados nesta fase e, na maioria das vezes, são suficientes para controlar os sintomas sem precisar de uma terapia adicional.
Alguns compostos hormonais apresentam certos efeitos colaterais e outros riscos quando utilizados cronicamente e, por isto, geralmente, são indicados de forma temporária.
Análogos Gonadotróficos" (GnRH).
Estes remédios provocam uma falsa menopausa bloqueando o estímulo cerebral para liberação de estrogênio pelo ovário. Desta forma, produzem uma diminuição do fluxo sangüíneo para o útero e os miomas, provocando a sua redução de tamanho.
O problema destes medicamentos é que o seu efeito apenas temporário.
Outro problema é que, enquanto são utilizadas, as pacientes podem experimentar sintomas típicos de menopausa como ondas de calor, insônia, secura vaginal, diminuição da libido, perda temporária de memória, além de sujeitá-las a um risco maior de desenvolver osteoporose e infarto de miocárdio.
ou a secura vaginal fazem com que o tratamento crônico com compostos de progesterona em geral não seja bem tolerado pelas mulheres que o utilizam.
Tratamento cirúrgico
Do ponto de vista genérico, pode-se dizer que existem dois tipos de tratamento cirúrgico: Histerectomia, que consiste na extirpação cirúrgica de todo o útero, e o Miomectomia, que consiste na extirpação cirúrgica somente dos miomas.
Como mencionado anteriormente, a histerectomia é a cirurgia universalmente mais difundida e aplicada no ambiente ginecológico. Provoca alívio definitivo dos sintomas e é razoavelmente segura.