Calendário de Vacinação

 

Recomendações da Associação Brasileira de Imunização (SBIM) – 2009

Calendário de Vacinação do prematuro

Vacinas

RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS

BCG ID (1)

Deverá ser aplicada em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2.000g.

Hepatite B (2)

Aplicar ao nascer no esquema habitual de três doses (0, 1, e 6 meses).

Naqueles com menos de 2.000g, aplicar esquema de quatro doses: 0,1,2 e 7 meses de vida.

PALIVIZUMAB (3)

Durante período de circulação doVírus Sincicial Respiratório.

Antipneumocócica conjudada (4)

Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses).

Respeitando a idade cronológica: três doses aos 2,4 e 6 meses e um reforço aos 15 meses.

Influenza (gripe) (5)

Respeitando a idade cronológica: duas doses aos 6 e 7 meses.

 

As demais vacinas do calendário de vacinação da criança devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica.

 

OBSERVAÇÕES

 

RECÉM-NASCIDOS HOSPITALIZADOS

Deverá ser vacinado com as vacinas habituais, desde que clinicamente estável.

Evitar o uso de vacinas de vírus: pólio oral e rotavírus.

No caso de vacina contra o rotavírus não administrar antes de 6 semanas de vida.

 

PROFISSIONAIS DE SAÚDE E CUIDADORES

Todos os funcionários da Unidade Neonatal, pais e cuidadores devem ser vacinados contra o influenza e receber uma dose de vacina tríplice acelular do tipo adulto, a fim de evitar a transmissão da Bordeleta  pertussis ao RN.

 

VACINAÇÃO EM GESTANTES E PUÉRPERAS

Imunização da gestante contra o influenza é uma excelente estratégia na prevenção da doença em RNs nos primeiros 6 meses de vida, época que ele ainda não pode receber a vacina. A prevenção do tétano neonatal não deve ser esquecida, e o momento do puerpério é  oportuno para receber as vacinas contra as doenças para as quais a puérpera é suscetível: hepatite B, hepatite A, rubéola, varicela e febre amarela.

 

COMENTARIOS

 

(1)   BCG – Poucos estudos mostram eventual diminuição da resposta imune ao BCG em menores de 1.500g a 2.000g. Por precaução aguardar 2.000g para vacinar.

 

(2)   HEPATITE B - Os RNs de mães portadoras do vírus B devem receber ao nascer, além da vacina, imuniglobulina específica de Hepatite B (HBIG) na dose de 0,5ml via intramuscular até no máximo 7 dias de vida. Devido à menor resposta à vacina em bebês com menos de 2.000g, desconsidera-se a primeira dose e aplicam-se mais três doses (esquema 0,1,2 e a última dose de 6 a 12 meses após a primeira dose).

 

(3)   PALIVIZUMAB – Apesar de não se tratar de uma vacina, o pré-terno de risco deve receber imunização passiva de anticorpo monoclonal contra o Vírus Sincicial Respiratório, durante os meses de maior circulação do mesmo (março a setembro). É  altamente recomendado para prematuros com idade gestacional menor de 28 semanas com até um ano de idade e para RN com displasia bronco pulmonar e cardiopatias em tratamento nos últimos 6 meses com até 2 anos de idade. É recomendado para os demais prematuros até o sexto mês de vida, especialmente para aqueles com idade gestacional de 29 a 32 semanas, ou maiores de 32 semanas que apresentem dois ou mais fatores de risco: criança institucionalizada, irmão em idade escolar, poluição ambiental, anomalias congênitas de vias aéreas e doenças neuromusculares severas. Emprega-se a dose habitual de 15mg/kg de peso, em cinco doses mensais consecutivas, aplicadas por via intramuscular.

 

(4)   ANTIPNEUMOCÓCICA CONJUGADA – Recém-nascidos pré-termos e de baixo peso apresentam maior incidência de doença invasiva pneumocócica, sendo que o risco aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso de nascimento.

 

(5)   INFLUENZA – A indicação rotineira da vacina contra a influenza em lactantes de 6 a 23 meses, nos prematuros, é reforçada, pois estes apresentam maior morbilidade pelo vírus. Deve-se respeitar a sazonalidade da doença.

 

 

DEMAIS VACINAS – O calendário infantil deve ser seguido de acordo com a idade cronológica. A resposta imune às demais vacinas pode ser menor, mas em geral atinge níveis satisfatórios de proteção.

 

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