Eflúvio do telógeno

é uma forma de alopecia não-cicatricial caracterizada por queda difusa de cabelos, muitas vezes com início agudo. Também existe uma forma crônica com início mais insidioso e duração mais longa. O eflúvio do telógeno é processo reativo causado por estresse metabólico ou hormonal ou por medicamentos.

Em geral, a recuperação é espontânea e ocorre em 6 meses.

Fisiopatologia

O eflúvio do telógeno pode afetar pêlos em todas as partes do corpo, mas, em geral, somente a queda de cabelos é sintomática.

Para compreender a fisiopatologia do eflúvio do telógeno, são necessários conhecimentos sobre o ciclo de crescimento dos cabelos.

Todos os pêlos têm uma fase de crescimento, denominada fase do anágeno, e uma fase de repouso, do telógeno. No couro cabeludo, o anágeno dura aproximadamente 3 anos, enquanto o telógeno dura aproximadamente 3 meses, embora possa haver ampla variação desses períodos entre indivíduos. Durante o telógeno, os pêlos em repouso continuam no folículo até que sejam empurrados para fora pelo crescimento de novo pêlo em fase de anágeno.

Na maioria das pessoas, 5% a 15% dos cabelos estão no telógeno em um dado momento.

O sintoma de eflúvio do telógeno agudo e crônico é o aumento da queda de cabelos. Os pacientes geralmente se queixam unicamente que seus cabelos estão caindo muito. Ocasionalmente, observam que os cabelos que restam dão a sensação de menos densos.

Em ambas as formas de eflúvio do telógeno, os cabelos caem difusamente do couro cabeludo inteiro. Não se vê alopecia completa.

Causas

Estresse fisiológico é a causa do eflúvio do telógeno. Esses fatores incitantes podem ser organizados nas várias categorias abaixo.

Doença aguda, como as doenças febris, infecção severa, grande cirurgia e trauma severo.

Doença crônica, como as doenças malignas, particularmente as linfoproliferativas, e qualquer doença crônica debilitante, como o lúpus eritematoso sistêmico e a nefropatia ou a hepatopatia ..

Alterações hormonais, como gravidez e parto (podem afetar a mãe e a criança), hipotireoidismo e interrupção de medicamentos contendo estrogênio.

Metais pesados, como o selênio, o arsênico e o tálio.

Vários medicamentos relacionam-se ao eflúvio do telógeno

. Algumas das causas mais freqüentemente citadas de eflúvio do telógeno são os betabloqueadores, os anticoagulantes, os retinóides (inclusive excesso de vitamina A), propiltiouracil (induz hipotireoidismo), carbamazepina e imunizações.

Dermatite de contato alérgica do couro cabeludo.

O intervalo entre o evento incitante no eflúvio do telógeno e o início da queda corresponde à duração da fase do telógeno, entre 1 e 6 meses (em média, 3 meses).

Tratamento

Como o eflúvio do telógeno agudo é processo reativo, que se resolve espontaneamente, o tratamento geralmente fica limitado à tranqüilização.

Conquanto o eflúvio do telógeno crônico tenha menos provavelmente uma resolução rápida, a tranqüilização é apropriada para esses pacientes. Muitas vezes, é reconfortante para o paciente o conhecimento de que a queda de cabelos não progredirá para calvície. O paciente deve ser incentivado a fazer cortes de cabelo de modo que mascarem quaisquer defeitos na densidade capilar.

Deve ser corrigida qualquer causa reversível de queda de cabelos, como dieta insatisfatória, deficiência de ferro, hipotireoidismo ou uso de medicação.

Conquanto não se comprove que o minoxidil tópico promova recuperação dos cabelos no eflúvio do telógeno, essa medicação tem um benefício teórico e é bem tolerada. Os pacientes ávidos de desempenhar um papel ativo em seu tratamento podem escolher usar minoxidil.

Dieta

Acreditando-se que uma dieta desequilibrada seja fator contribuinte para o eflúvio do telógeno, especialmente num caso de eflúvio do telógeno crônico, a consulta a uma nutricionista pode ser extremamente útil. A consulta nutricional deve enfocar a ingesta adequada de proteínas, reabastecimento dos depósitos baixos de ferro e obtenção de nutrientes naturais. Se o paciente tomar grandes doses de vitamina A, essa prática deverá cessar.

 

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