Hanseniase
Os sinais e sintomas da hanseníase estão localizados principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas.
Abaixo segue uma lista dos sinais e sintomas mais comuns da hanseníase:
- Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo.
- Área de pele seca e com falta de suor.
- Área da pele com queda de pêlos, mais especialmente nas sobrancelhas.
- Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade (dormências, diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou dor). Neste caso, pode ocorrer de uma pessoa se queimar no fogão e nem perceber, indo verificar a lesão avermelhada da queimadura na pele mais tarde.
- Parestesias (sensação de formigamento na pele, principalmente das mãos e dos pés).
- Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
- Edema ou inchaço de mãos e pés.
- Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
- Úlceras de pernas e pés.
- Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Alguns casos apresentam doença sistêmica (que afeta todo o organismo). Eles são mais avançados e muitas vezes o diagnóstico não é lembrado. Por isso é importante observar os sinais e sintomas descritos a seguir e, na hipótese diagnóstica de hanseníase, fazer um bom exame neurológico.
Os sinais e sintomas mais comuns nas formas mais graves da hanseníase são:
- Febre, edemas e dor nas juntas.
- Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz e olhos.
- Mal estar geral, emagrecimento.
A doença se desenvolve lentamente, mas pode causar reações agudas (febre, caroços no corpo, inchaços) e neurites (dor e formigamento nos nervos, dormência, diminuição da força muscular das mãos e dos pés, acarretando prejuízo de movimentos finos, a exemplo do movimento de pinça com os dedos) e incapacidades físicas que evoluem para deformidades.
Transmissão da hanseniase
A via principal de transmissão é a respiratória.
Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior, sejam pelas secreções nasais, gotículas de saliva que saem com a fala, tosse ou espirro. Este bacilo, que fica suspenso no ar por alguns segundos, pode contaminar uma pessoa próxima e desenvolver a doença.
Vale à pena ressaltar que o paciente em tratamento regular com medicação ou que já recebeu alta não transmite a doença.
Muitas pessoas que entram em contato com estes bacilos não adquirem a doença. Somente 5% delas irão desenvolver a hanseníase com o passar do tempo.
Fatores ligados à genética humana e ao sistema imunológico (defesa do organismo) irão determinar se um indivíduo irá ou não contrair a doença após o contato com o bacilo de hansen (outro nome do Mycobacterim leprae).
O período de incubação da hanseniase é bastante longo, variando de três a cinco anos. Período de incubação é o tempo necessário para o desenvolvimento dos primeiros sinais e sintomas da doença após o contágio ou contaminação pelo bacilo.
Tratamento da hanseniase
A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde do SUS e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é por via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos, configurando uma poliquimioterapia.
Os medicamentos mais utilizados para tratamento da hanseníase são:
- Rifampicina
- Dapsona
- Clofazimina
O tratamento geralmente ocorre ao nível ambulatorial e não necessita de internação, devendo ser prescrito somente por médicos.
A hanseníase é uma doença que tem cura, principalmente se os sinais e sintomas são diagnosticados precocemente.
Quando o tratamento é feito de maneira precoce e correta, dificilmente o paciente irá apresentar incapacidades físicas ou deformidades causadas pela doença.
As medicações para tratamento da hanseníase são distribuídas gratuitamente pelas farmácias do governo.