O que é o HPV?

HPV é a sigla de um vírus, o Papilomavírus Humano. Existem mais de 100 subtipos de HPV sendo que 35 deles infectam a mucosa anogenital.

Os quinze tipos HPV de alto risco são chamados oncogênicos, ou seja, podem causar câncer do colo do útero. Os HPV de baixo risco (tipos 6 e 11) causam basicamente verrugas genitais, lesões de caráter benigno e transitório.

A transmissão do HPV é por contato direto da pele infectada com pele não íntegra. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões e verrugas na vagina, colo do útero, pênis e ânus.

Relação do HPV com o Câncer do Colo do Útero

A mortalidade por câncer do colo do útero é evitável, uma vez que as ações para seu controle contam com tecnologias para o diagnóstico e tratamento de lesões precursoras, permitindo a cura em 100% dos casos diagnosticados na fase inicial.

Os tipos de HPV oncogênicos estão associados a 99,7% dos casos de câncer do colo do útero

O colo é a parte mais baixa do útero e conecta a vagina à cavidade uterina.

Os tipos de HPV oncogênicos 16,18,31 e 45 são responsáveis por mais de 80% deles.

Ele é mais comum do que se imagina: uma em cada quatro mulheres está infectada (muitas vezes sem saber).

Além de atrapalhar a vida sexual, ele pode levar ao câncer do colo de útero. Apesar de assustador, há tratamentos e exames preventivos que garantem a convivência pacífica com o vírus.

Pense em todas as mulheres que você conhece. Aproximadamente 25% delas têm o papilomavírus humano, o HPV. Esse raciocínio ajuda a entender o poder de penetração do vírus na população feminina.

Ele é responsável por 95% dos casos de câncer de colo de útero, o segundo tipo de câncer que  mais mata mulheres no Brasil. O Hospital do Câncer de São Paulo estima que só neste ano 4 mil serão vitimadas pela doença. Mesmo quando não chega ao extremo do câncer, o HPV pode trazer grandes transtornos à saúde e à sexualidade da mulher. É capaz de tornar o sexo doloroso e fazer com que surjam verrugas na vulva, dentro e ao redor da vagina, ânus e na virilha..

As estatísticas são assustadoras, os sintomas incomodam muito e o tratamento é longo e delicado. Boa parte dos problemas provocados pelo vírus, no entanto, poderia ser evitada com cuidados bem simples. Um exame de papanicolau detecta alterações nas células do colo do útero e da vagina, chamando a atenção para uma possível contaminação pelo vírus. 

Se o papanicolau der o alarme, parte-se para a colposcopia, técnica que amplia em até 40 vezes a área sob suspeita de lesão.

Há ainda outros procedimentos, como a biópsia para análise de lesões já existentes e a captura híbrida,que identifica o tipo do vírus e a quantidade dele em amostras de tecido.

 

Estrago em silêncio: Dos mais de 100 tipos de HPV, dos quais 30 são transmissíveis pelo sexo. Alguns, como os de números 6 e 11, considerados de baixo risco, provocam verrugas na área genital. Só uns poucos, como o 16 e 18, causam lesões pré-cancerígenas. A maioria deles não apresenta sintomas e  com a ajuda do papanicolau e um controle rigoroso, mesmo quem contraiu os tipos mais perigosos pode prevenir danos maiores. Só correm risco real de ter câncer relacionado ao HPV as mulheres que ficam muito tempo sem consultar o ginecologista ou as que encontram dificuldade para chegar ao diagnóstico correto.

Tratamentos eficientes: Embora um organismo com as defesas em dia seja eventualmente capaz de eliminar sozinho o HPV, a medicina ainda não encontrou uma forma de cura-lo. Lesões, verrugas, e outras alterações causadas pelo vírus são tratadas com aplicação de ácidos ou pomadas quimioterápicas, que destroem as feridas e impedem que as células doentes se multipliquem. Também é possível submeter-se à cauterização elétrica e a laser ou à remoção do tecido afetado pela cirurgia de alta freqüência – pequeno aro elétrico que vaporiza o local – ou pelo jato de nitrogênio, a crioterapia. Dependendo da gravidade, combina-se mais de um tratamento.

Alguns médicos acreditam que, além dos procedimentos cirúrgicos, substâncias como o 5-fluorouracil, interferon e imiquimod melhoram o sistema imunológico e inibem a multiplicação das células viróticas. 

Enquanto a cura não vem: A medicina ataca em duas frentes: na prevenção – usar preservativo e limitar o número de parceiros, por enquanto, são as únicas formas de evitar o contágio, mas nem isso garante 100% de imunidade – e no incentivo ao papanicolau no mínimo uma vez por ano. A grande esperança está na vacina em fase de teste nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, que deve chegar ao mercado nos próximos dez anos. O objetivo é fortalecer o sistema imunológico, permitindo que a pessoa desenvolva anticorpos para combater o vírus. Quem tem o HPV –mesmo que seja dos mais perigosos – pode conviver pacificamente com ele desde que tome todos os cuidados.

O vírus entre nós: Como o parceiro também pode estar infectado, é preciso abrir o jogo com ele. Embora o vírus possa causar verrugas no pênis, no ânus e nos testículos, a maioria dos homens não apresenta os sintomas. Para evitar que a desconfiança abale o relacionamento, é melhor esclarecer logo as principais características do HPV. Primeira: apesar de o contágio se dar geralmente por contato sexual, o vírus pode ser transmitido por roupas, instrumentos e outras partes do corpo, como mãos e boca. Isto é, nem sempre o contágio ocorre por penetração. Segunda: na mulher, o vírus se mantém de forma mais persistente. O homem infecta e transmite, mas muitas vezes elimina o HPV sem maiores problemas. É comum a mulher apresentar o vírus – chega a mais de 50% dos casos – e o parceiro não.

 

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