Em estudo publicado nos Anais do X Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, Pereyra et al 2005 realizaram anuscopia de magnificação em 45 mulheres submetidas a CAF por NIC de alto grau. Das 45 mulheres, 16 eram HIV positivas. A neoplasia intra-epitelial anal (NIA) foi encontrada em 20% (n=9) dos casos, sendo 8.8% NIA de alto grau e 11.1% (n=5) NIA de baixo grau. Quando se avaliou separadamente as 16 mulheres soropositivas, observou-se aumento da freqüência da NIA para 37.5% (18,7% NIA de alto grau e 18,7% NIA de baixo grau). Já, a freqüência da NIA entre as 29 mulheres HIV negativas foi de 10.3% (3.3% para a NIA de alto grau e 6.7% para a NIA de baixo grau). Conclui-se que, a anuscopia de magnificação é um instrumento valioso para o diagnóstico e mapeamento das lesões precursoras do carcinoma escamoso anal. Sua realização é altamente recomendável em todas as mulheres diagnosticadas com lesões precursoras do carcinoma cervical, principalmente as mulheres HIV positivas.