Hiperplasia Ductal é o nome dado à proliferação de células do epitélio que compõe os ductos da mama. A hiperplasia ductal é uma das expressões patológicas da síndrome clínica denominada Alterações Funcionais Benignas da Mama (AFBM). Enquanto o termo hiperplasia ductal é uma denominação descritiva da histopatologia da mama, a AFBM é uma condição clínica que pode ou não estar associada.A hiperplasia ductal é comumente classificada nos graus leve, moderada e florida, refletindo a quantidade de células que preenche a luz do ducto. Quanto às características citológicas dessas células, a hiperplasia ductal pode ser classificada com ou sem atipia. A hiperplasia ductal florida e a hiperplasia ductal com atipia são associadas a risco aumentado de desenvolver câncer de mama. A hiperplasia sem atipia não se associa a risco.
Normalmente, o número de camadas de células ductais em relação à membrana basal é de duas camadas. A presença de três ou mais camadas de células, em relação à membrana basal do ducto, é critério diagnóstico de hiperplasia ductal. As células que formam as camadas sobrepostas na hiperplasia ductal são diferentes, de diversas formas e tamanhos, formando populações distintas.Na prática, o diagnóstico de hiperplasia ductal é de exclusão. Ele é dado a uma proliferação celular epitelial sem elementos lobulares, apócrinos ou atípicos. A hiperplasia leve ou moderada não oferece risco de câncer. A hiperplasia ductal florida também consiste num aumento do número de camadas de células epiteliais em um ducto. A diferença entre a hiperplasia ductal leve ou moderada e a hiperplasia ductal florida é que nesta as camadas de células ocupam mais de 70% da luz do ducto e “dilatam” os espaços envolvidos, mantendo um aspecto sólido ou papilar. Os espaços intracelulares são de formas variadas, assemelhados com fendas. A hiperplasia ductal florida é encontrada em até 20% dos espécimes de biópsia, sendo a lesão proliferativa mais comum da mama.O risco de desenvolvimento de carcinoma invasor da hiperplasia ductal florida, em relação às lesões não-proliferativas, é de 1,5 vezes a 2 vezes.