Coalescência dos pequenos lábios         

É detectada frequentemente entre os 2 meses e os 2 anos de idade, podendo afetar cerca de 10% das meninas desta idade. Em que consiste? Consiste na união adquirida entre os bordos internos dos pequenos lábios da vulva, com formação de uma membrana mediana que obstrui parcial ou completamente a abertura da vagina, mas sem cobrir nem a abertura da uretra (canal por onde é eliminada a urina) nem o clitóris.

Atinge que idades?

É frequente?

É detectada frequentemente entre os 2 meses e os 2 anos de idade, podendo afetar cerca de 10% das meninas desta idade. A partir dos 2 anos, assiste-se a uma progressiva diminuição da sua incidência, já não existindo na puberdade devido ao aumento das hormonas sexuais femininas.

Qual é a causa? Não se sabe bem a causa da coalescência dos pequenos lábios, mas sabe-se que não é uma malformação nem é uma doença congénita.  

É antes uma alteração física adquirida, provavelmente devida a ocorrência simultânea de uma baixa concentração em hormonas sexuais femininas,normal destas idades, associada à irritação da mucosa vulvar provocada pelo contato prolongado da urina, fezes e eventuais secreções vulvares, próprio da idade das fraldas.

Provoca sintomas?

Dói? Na maioria dos casos não provoca sintomas nem dói, sendo detetada pelos pais durante a higiene dos genitais ou por um profissional de saúde na observação completa de rotina. Excecionalmente, a menina tem ardor ou desconforto a urinar ou tem um risco acrescido de infeções do trato urinário e/ou retenção urinária. Neste tipo de situação, a membrana terá ultrapassado os limites habituais promovendo a obstrução do orifício de saída da uretra, situação rara, porque o próprio jato da urina impede a formação da membrana em frente da saída da uretra.

É uma situação benigna e autolimitada!

São precisos exames? Não tem indicação para realizar nenhum exame, já que o exame físico é suficiente.

É preciso tratar? Na maioria dos casos, a situação é assintomática e não está indicado nenhum tratamento. Nos casos em que existem queixas, está indicada a aplicação local de cremes tópicos, duas vezes ao dia, durante 2 a 6 semanas, com estrogénios e, se falhar, com betametasona (corticoide)

Em alguns casos  sem resposta aos tratamentos é necessária  a separação cirúrgica Mesmo  sem tratamento a coalescência resolve-se na maior parte das vezes espontaneamente num período variável entre alguns meses a dois a três anos.

Pode haver recaídas? Pode haver recaídas e sabe-se que cerca de um quarto dos casos terão pelo menos uma recidiva após um tipo de tratamento.

O diagnóstico de coalescência dos pequenos lábios é clínico e na grande maioria dos casos não provoca sintomas e resolve-se espontaneamente.

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